Os 140 alunos do 1° ao 5° ano do ensino fundamental da Escola Municipal São Francisco, em Rio Negro, participaram de uma aula diferente do projeto de educação ambiental da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (AGEMS). Em vez de lápis e caderno, os estudantes participaram de um bate-papo animado, ilustrado por dicas e oficina sobre reciclagem de resíduos sólidos.
O município foi o primeiro a participar do projeto, que será realizado em diversas escolas de Mato Grosso do Sul, em uma iniciativa integrada da Diretoria de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos, Diretoria de Relações Institucionais e Ouvidoria da Agência.
Educação para a sustentabilidade
A parceria com as instituições de ensino abre as portas para a entrega de conteúdo que não está na grade regular, e coloca a AGEMS na vanguarda de ações para atingir dois grandes objetivos de desenvolvimento sustentável do milênio estabelecidos pelas Nações Unidas. As metas são para garantir qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, e estabelecer parcerias para o desenvolvimento.
“É um projeto que elaboramos com carinho, que tem a ver com um novo momento da Agência, de incentivar e apoiar as cidades na gestão de resíduos sólidos, despertando nas crianças o protagonismo nas ações”, afirmou a diretora Iara Marchioretto.
Crianças aprenderam e se divertiram na oficina.
O trabalho com essa primeira turma colocou em prática a experiência de falar e demonstrar, com ilustração e embalagens reais, a diversidade de materiais desprezados, a possibilidade de reaproveitamento e a necessidade do descarte correto.
“A Agência tem buscado cada vez mais trazer os municípios próximos, não somente oferecer a regulação e a fiscalização na área técnica, como também nos aproximar das comunidades”, disse a coordenadora da Câmara de Resíduos Sólidos, Danielle Vendimiatti, uma das responsáveis pela oficina.
Uma das primeiras informações que as crianças recebem é que nem tudo que é descartado em casa é lixo. A expressão “resíduos sólidos” começa a fazer parte do vocabulário dos estudantes, que ouvem, perguntam, aprendem, opinam e também mostram que já têm noção do conceito de reciclar e reaproveitar.
“Para a nossa escola foi um momento fundamental, porque esse é um assunto bem recorrente, principalmente aqui no nosso município em que o saneamento está avançando agora. As crianças vão levar a mensagem para casa. Elas são a base, tudo o que a gente planta na cabecinha delas, elas fazem fluir”, afirmou a diretora da escola, Nicea Maria dos Santos.
Algumas crianças falam com orgulho do que já sabem sobre cuidar direitinho do lixo que sai de casa, como Ana Paula, de 6 anos, uma das mais animadas durante a oficina. “Temos que tomar cuidado com o ambiente, não jogar lixo pela cidade, nem na nossa rua, porque isso faz muito mal”. Na linguagem típica infantil, a menina se esforça para falar direitinho a palavra “reciclável”, e mostra que entende muito bem o que significa. “A gente também tem que separar o lixo, não jogar tudo junto, tem que separar com cuidado o que não é reciclável e o que é. Tem que olhar muito bem’’.
Também com seis anos, Maria Julia já demonstra uma consciência invejável. Ela chega a fechar os olhos para dizer, em tom de desabafo, que “é muito feio” jogar o lixo ‘no mundo’. “Se fizer isso, a natureza não vai aguentar, e vai parar de ‘fazer produtos’. Se continuar assim, a cidade não vai mais aguentar”.
Credito:Gizele Oliveira, AGEMS/ Portalgovms
Fotos: Cleidiomar Barbosa
Por: Itanoticiasms.com