Antes de disparo, menino morto a tiro disse que tomaria banho e trancou porta do quarto do avô

Porta teve de ser arrombada por parentes, que ouviram barulho de tiro

Antes do disparo que terminou na morte de um menino de 12 anos, no Bairro Coophavila II, o garoto disse a familiares que iria tomar banho no quarto do avô, onde foi encontrado. Após ouvir o tiro e correr na direção do cômodo, parentes notaram que a vítima havia trancado a porta, que teve de ser arrombada. 

“Meu sogro está desesperado, meu esposo sem chão. Foi uma fatalidade que deixou toda a família desolada”,  comenta a madrasta do menino. 

Ela afirma que o revólver encontrado pelo garoto já estava há anos na família, em lugar de difícil acesso. “Não ficava à mostra ou fácil de achar, estava muito bem guardado”,  comenta. O garoto morava com a mãe e passava os fins de semana com a família do pai.

Diante da perda trágica, a madrasta lembra que ficarão as boas lembranças do garoto tranquilo, que fazia o oitavo ano do ensino fundamental. “Ele sempre foi muito na dele, mas era brincalhão, conversador e um menino alegre”, finaliza. O corpo do menino foi enterrado no fim da tarde deste domingo (26), em Campo Grande. 

Ainda neste domingo, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) publicou nota de pesar em que lamenta a morte do estudante. “Neste momento de profunda dor e pesar a administração manifesta aos familiares e amigos as mais sinceras condolências”, diz o texto. 

Queria tirar foto

A morte do menino de 12 anos, vítima de um disparo acidental de arma de fogo na está em investigação pela Polícia Civil, mas a suspeita é que ele tentava tirar uma foto com a arma.

Conforme relato de uma familiar, o menino foi encontrado com a arma na mão esquerda e o celular ao lado direito do corpo. Como ele era destro, a suspeita é de que ele tentava tirar uma foto. A arma pertencia ao avô da criança, que é um segurança particular.

A delegada Karen Viana de Queiroz, que estava no plantão da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) explicou que a cena do crime foi modificada. Isso porque o celular e a arma já não estavam mais no local onde o menino foi encontrado.

Também segundo a delegada Karen, a investigação segue no sentido de disparo acidental ou suicídio. Porém, a família não relatou histórico de depressão na vítima ou mutilações.

Quando a polícia chegou ao local, a arma estava guardada no armário, possivelmente porque há outras crianças na casa. Também o celular do menino já estava em cima da cama.

Por:Itanoticiasms.com

Credito:Midiamax

Foto: Kísie Ainoã/Midiamax

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